Curso: Especialização em DTM

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Especialização em DTM

O que é DTM? Veja a seguir algumas características aprofundadas sobre esta área da odontologia!

O nome parece complicado e realmente é: a disfunção temporomandibular, também chamada pela sigla DTM, é um conjunto de condições orofaciais que pode acarretar em problemas de saúde que vão desde dores, cefaleia (dores de cabeça), bruxismo (que pode ocasionar desgaste dos dentes) até problemas mastigatórios. Atinge milhares de pessoas ao redor do mundo e causa bastante desconforto e prejuízo na qualidade de vida do portador, por isso é tão importante reconhecê-la e tratá-la de maneira adequada. Confira abaixo tudo sobre a disfunção temporomandibular, seus sinais e tratamentos:

Conhecendo a ATM – Articulação Temporomandibular

Antes de conhecer a DTM (disfunção temporomandibular), é importante conhecer a ATM (articulação temporomandibular), que é a articulação onde a disfunção ocorre. Anatomicamente falando, a ATM é a articulação entre a mandíbula e o osso temporal, que é um dos ossos do crânio. A ATM possibilita os movimentos de abrir e fechar a boca, incluindo a mastigação fala e deglutição, e é considerada a mais complexa do corpo humano: isso porque é a única que permite movimentos rotacionais e translacionais e também possui duas articulações conectadas a um único osso (mandíbula). Para um funcionamento correto da ATM, é necessária uma sincronia entre a ATM, a oclusão dental e os músculos que movimentam esta articulação.

O que é a disfunção temporomandibular

Em termos simples, a DTM (disfunção temporomandibular) ocorre quando a articulação temporomandibular não funciona de maneira adequada. Como o movimento da ATM é complexo e envolve a musculatura e a oclusão dental além da própria articulação, a disfunção pode envolver qualquer um destes 3 componentes. Quando a DTM envolve a articulação, é classificada como de origem articular; já quando envolve a musculatura, é classificada como de origem muscular; também pode ser mista quando envolve tanto a musculatura quanto a articulação. A disfunção temporomandibular (DTM) é um problema de origem multifatorial, ou seja, ela não ocorre por uma única causa. Sabe-se que a DTM envolve fatores emocionais, estruturais, neuromusculares, oclusais (perda dentária, por exemplo), hábitos prejudiciais (como o bruxismo e a onicofagia – hábito de roer unhas) e lesões traumáticas ou degenerativas na articulação. Sabe-se também que a disfunção afeta mais mulheres do que homens (9 mulheres para cada homem afetado), normalmente na faixa de 20 a 40 anos, mas a disfunção pode acometer pessoas de qualquer idade, incluindo crianças e adolescentes.

Sinais Clínicos da disfunção temporomandibular

Os sinais clínicos da DTM incluem: Dor de cabeça; Dor no pescoço e ombros; Dor ao redor da orelha ao movimentar a articulação; Dor no rosto; Dor na região da articulação temporomandibular; Ruídos ao movimentar a articulação; Limitação da abertura da boca; Desvio da abertura da boca; Dor muscular; Travamento da boca em posição aberta ou fechada; Cansaço muscular; Dificuldade na mastigação; Inchaço no rosto; Zumbidos; Tonturas e vertigem; Dor de dente; Dores de ouvido e problemas de audição.

Os sinais da DTM podem ser bastante inespecíficos e podem prejudicar bastante a rotina do portador: a produtividade no trabalho, os momentos de lazer e até mesmo o sono e a alimentação podem ser afetados pela disfunção temporomandibular. Além do aspecto físico, a DTM envolve questões emocionais também, inclusive porque a dor afeta psicologicamente o paciente, diminuindo sua qualidade de vida. Pelo fato dos sinais serem subjetivos e muitas vezes ligados a outros problemas de saúde, o paciente normalmente é um portador crônico da disfunção e pode demorar anos para buscar tratamento – muitas vezes o dentista é o último profissional a ser procurado.

Diagnóstico da DTM

O profissional mais indicado e apto a diagnosticar e tratar a DTM é o cirurgião dentista. Além do conhecimento técnico, o ideal é que o profissional escolhido possua uma visão holística e multidisciplinar do paciente, considerando todos os aspectos que envolvem a disfunção e encaminhando o paciente para outros profissionais quando necessário, buscando um diagnóstico preciso e um tratamento abrangente.

O diagnóstico da DTM é feito seguindo os seguintes passos:

1. Anamnese: a anamnese é a investigação do histórico do paciente realizada por meio de perguntas. É na anamnese que são identificados fatores predisponentes, iniciantes e perpetuadores da disfunção.

2. Exame físico: nesta etapa são realizadas a inspeção visual da articulação e sua movimentação, assim como a palpação de músculos e estruturas da região, em busca de alguma anormalidade.

3. Exames de imagem: radiografias, tomografias e ressonância magnética podem ser solicitadas quando o profissional julgar necessário para complementar o diagnóstico.

Tratamento da DTM

Assim como em outras patologias odontológicas, o tratamento da disfunção temporomandibular depende de uma correta avaliação do caso, mas sempre que possível são preconizados tratamentos não ou pouco invasivos.

Normalmente, o tratamento consiste em: Mudança nos hábitos nocivos, como roer unhas, apertar os dentes durante o dia ou dormir de bruços; Uso de placas de mordida: indicada principalmente para quem sofre de bruxismo, o ranger de dentes durante a noite; Exercícios de reabilitação oral: para realinhar a “postura” da mandíbula e alongar a musculatura; Uso de medicação como os anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, quando indicados pelo profissional; Aplicação de compressas, agulhamentos e infiltrações. Tratamentos complexos e irreversíveis, como as cirurgias, não são preconizados atualmente, a não ser em casos bem específicos, como fraturas e distúrbios congênitos e de desenvolvimento. Como a DTM tem causa multifatorial, outros profissionais podem estar envolvidos no tratamento, por exemplo psicólogos, psiquiatras e fisioterapeutas, principalmente em casos crônicos e com outras alterações concomitantes.

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